Quack! (CD/Digital)

Quack! (CD/Digital)

OR 00/12 / OD 01/2012

01. 2012
02. Back To The Future
03. Easier
04. 109 Beach
05. Primal Connection
06. Little Jodie
07. Our Own Winter
08. Duck Tales
09. Bollywood
10. FangOBuego

Músicas e letras: Nice Weather for Ducks. Gravado, misturado e produzido por João Santos, nos TAP Headquarters em Leiria, 2011
Masterização: André Neto. Layout e artwork: João Diogo, logo: Joana Mineiro, fotografia: Ricardo Graça

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Press & Reviews

Les Inrocks - 2013-05-17

Le groupe s’appelle Nice Weather For Ducks et leur premier album Quack. Pas besoin toutefois d’être ornithologue pour apprécier leur musique ; seule sera nécessaire une certaine tolérance envers les noms à la con, de cette catégorie spécialisée dans les références à nos amis à poils – et à plumes. Coïncidence ou pas, Nice Weather For Ducks rappelle souvent, selon les morceaux, Animal Collective ou les poulains de Foals. Petit contrôle vétérinaire avec leur premier single, 2012, sorti – on vous le donne en mille – en 2012.
Dans le clip, on peut voir la bande de joyeux canards s’agiter les ailes et la voix, dans un méli-mélo harmonique faisant joujou avec les rebonds de guitares et de claviers malins. On l’aura compris : les cinq Portugais, venus de Leiria, sont aussi peu sérieux que leurs premiers morceaux sont colorés, vivants, à deux doigts de s’envoler. Avec des groupes comme Long Way To Alaska, Best Youth, Papercutz, Utter ou l’homme-orchestre Noiserv, Nice Weather For Ducks montre une nouvelle fois le potentiel de la nouvelle pop portugaise, élevée sur l’Internet et pratiquant l’anglais sans accent. Le Portugal n’est-il pas le pays des Grandes découvertes, et donc des prémisses de la mondialisation ?

Enfants du village musical global, la bande de potes semble donc n’avoir comme horizon que l’envie s’amuser, de partager, de dépasser les frontières d’un paysage culturel touché par la crise économique. Actuellement, ce n’est certes pas toujours la joie au Portugal, mais le premier album de ces canards pas boiteux renferme assez de lumière, d’espoir et de légèreté pour redonner le sourire aux esprits les plus chagrins. Il y a peu, on découvrait le clip potache et moustachu de Bollywood, à retrouver ci-dessous. Le morceau, lui, est a retrouver sur Quack, album à télécharger et à partager librement sur la toile. C’est comme de la magie, mais en vrai, en cliquant sur ce lien. Coin-coin.

Ver em Les Inrocks
Unidade 304 - 2013-04-16

Por detrás de uma capa com um grande “Quack!” que irrompe como se de uma explosão se tratasse, está um disco mais sério do que a cacofonia, que nos remete, obviamente, para o nome da banda, nos faria supor. Mas é esta despretensão (se for estratégica é genial, se for inocente é apaixonante) que torna esta jovem banda, “formada nos arrabaldes de Leiria”, em qualquer coisa de verdadeiramente especial. A maturidade das composições dos 10 temas do álbum de estreia dos Nice Weather For Ducks (NWFD) é algo que não acontece por acaso e muito ocasionalmente acontece a qualquer banda. O jogo soberbo de vozes, os ritmos desconcertantes (longe das “metronomias” clichés de qualquer banda imberbe), o arrojo do baixo e das guitarras em prol de melodias intrincadamente pop (sem ser do barato e descartável) e teclas simples mas tão implacavelmente cirúrgicas, fazem de “Quack!” um disco de uma banda a quem temos de, com vénia, tirar o chapéu.
Os seus 37 minutos passam num pestanejar e é sem qualquer pudor que tendemos a voltar a ouvi-lo, sempre na esperança de descortinar um qualquer pormenor que nos tenha escapado. “2012” (ou “Twenty Twelve”) é, provavelmente, um dos singles mais épicos da música feita em Portugal. Bastam 7 palavras monossilábicas para que decoremos a letra: “We will not take part of it” – declaram os NWFD num claro desafio às teorias esotéricas/religiosas que defendem que o mundo acabará em Dezembro próximo. Na palete de cores da banda encontramos tonalidades que variam do amarelo-torrado de África ao branco gélido da América do Norte . No caso de “Back To The Future”, em que um propagado “The World Is Big But We Make It Small” se torna paradigmático, a sonoridade remete-nos para um qualquer país de temperaturas outonais e de nevoeiros frequentes. É logo aqui que começamos a perceber que esta banda não é uma qualquer brincadeira de putos.
“Easier”, “109 Beach” (com a vocalização de Bruno Santos a remeter-nos para um timbre a meio caminho entre David Fonseca e James “Xiu Xiu” Stewart, e com uma toada de “guitarras do Mali”, num tema que, paradoxalmente, pouco tem de solarengo) e “Primal Connection” (com um final de guitarras à lá The Allstar Project – terá sido João Santos, o produtor deste disco e também músico dos TAP, alheio a isto?) confirmam o que começáramos a desconfiar mal ouvimos os dois temas de abertura: isto não é um fogacho de labareda efémera!
Seguimos com “Little Jodie” e aqui a voz de Luís Jerónimo remete-nos imediatamente para o universo dos Parenthetical Girls (a mesma sensação ocorre quando ouvimos parte de “Duck Tales”), banda que (sabemos de fonte fidedigna) lhe é muito querida. De resto é natural que se reflictam, aqui e ali, algumas das (boas) influências que assolam os NWFD. Arcade Fire, Vampire Weekend, Foals e Animal Collective são outros dos nomes que, amiúde, nos vêm à cabeça… “Our Own Winter” é, talvez, o tema mais introspectivo do colectivo, muito longe das cores quentes que banham a capa do mesmo (já agora, assinado pelo extraordinário designer de créditos firmados, João Diogo). “Duck Tales” é o maior tema do disco e volta a colocar os NWFD na senda épica, entre a guitarra de dedilhado merengue e os coros de afinações uníssonas. Mais um dos muitos momentos que se nos colam ao cérebro como os caramelos nos dentes (sim eu sei que já escrevi isto acerca dos Nice Weather…).
Reservado para o final do disco estão os dois temas preferidos deste vosso humilde escriba: “Bollywood “ tira-me do sério! Tem tudo. Desde o psicadelismo de reminiscência folk, passando pelo frenesim rítmico (que, não sabendo porquê, me remeteu para os Hatcham Social), culminando numa sequência vocal “wicca” a lembrar os nipónicos Boredoms. Soberbo! Os 37 minutos do disco atingem-se quando finalizamos a audição de “Fang O Buego”, uma marcha genial de vociferações indecifráveis, como se todos os elementos da banda se transformassem em pequenos duendes em protesto com algo que desconheço, e com guitarras de dedilhados mediterrânicos a levarem-nos até nenhures… ali, algures entre a Sardenha e a Sicilia… Atenção que este disco é sério e é a sério um grande disco! – em Portugal ou em qualquer parte do nosso planeta. A não perder a sua apresentação ao vivo, dia 25 de Fevereiro, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, com os franceses John & Jehn, na abertura do FADEINFESTIVAL 2012.
CARLOS MATOS

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Rua de Baixo - 2012-05-01

Se ao longo do século XX estávamos perante a era das enciclopédias, em pleno século XXI a humanidade sobrevive na era da internet a qual, afirmo veemente, é o melhor veículo para a divulgação sobre o que quer que seja e para transformar a cultura num acontecimento viral. Deixo-me agora de pormenores para apresentar “Quack!”, o álbum de estreia dos Nice Weather For Ducks (NWFD).
A banda composta por Tiago Domingues, Luís Jerónimo, Hugo Domingues, Diego Alonso e Bruno Santos pretende fazer uma carreira no mundo da música e colocar a cidade de Leiria novamente na rota dos músicos com qualidade. Segundo as minhas previsões, e julgando pela freguesia da qual são provenientes, terão muita sorte no futuro e sem ajudas da família Carreira! É simplesmente por mérito próprio.
A capa que ilustra o disco e o próprio nome da banda podem dar a ideia de que são mais um grupo que quis fazer música por brincadeira e para se divertirem, mas enganem-se. Os 38 minutos de duração do álbum fazem acreditar que os ouvidos destes cinco rapazes estão impregnados de qualidade musical, de influências certeiras e que têm estudado muito bem as lições da melhor pop internacional.
Este álbum de estreia é uma surpresa e das boas. Editado pela Omnichord Records com o apoio da Optimus Discos, “Quack!” deixa-nos a borbulhar por dentro e provoca-nos actos irreflectidos como começar a bater o pé ou a bater palmas ao ritmo das melodias. As alusões a uma pop arrojada, limpa e fresca como a água, remetem para uns Animal Collective, Foals ou Clap Your Hands Say Yeah. «2012» é o single de estreia e que faz as devidas honras do disco, cujo videoclip já marca lugar nas partilhas das redes sociais. O fantástico loop inicial em continuação com a melodia e a frase “We will not take part of it” faz-nos imaginar uma dança frenética contra toda a alusão do fim do mundo. Talvez seja melhor colocar esta música como banda sonora da próxima passagem de ano para que a profecia não se realize!
Com «Back To The Future» deixamos automaticamente de viver um momento presente para passarmos para um futuro imaginário para ver uma «Little Jodie» Foster. De repente, passamos para sons veraneantes com «109 Beach» e «Easier», para ouvir durante a tarde enquanto se come um gelado e «Bollywood», se desejarem terminar o dia com uma festa temática. Os coros são uma particularidade curiosa ao longo do álbum e transmitem textura à melodia, sobretudo em «Bollywood» e «Fang O Buego». As guitarras marcam o pontapé de saída para as vocalizações e estas parecem vociferadas por tribos indígenas que apenas se querem fazer ouvir. Para o Inverno que não existiu, «Our Own Winter» pode ocupar esse lugar, porque a atmosfera criada não é a de uma grande depressão, mas sim óptima para saborear num dia com o vento a bater na cara.
Os NWFD são uma verdadeira explosão de cor e de instrumentos que de forma extremamente organizada executam canções nada enjoativas e sempre a apelar por mais uma audição, em ligação directa.

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Nice Weather For Ducks

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